A MESA DOS DEUSES DA ERMIDA DO MARÃO

Ermida do Marão, Foto de (c) José Gonçalves | Olhares - Fotografia Online

"No cimo da aldeia da Ermida do Marão há um caminho de terra batida que nos leva a um ribeiro vindo da serra. No Verão esse ribeiro seca fazendo com que se consigam ver as pedras do seu leito. Contou-me um idoso residente na aldeia que nesse ribeiro existe uma rocha que parece um patamar e onde, segundo ouviu dizer aos mais antigos, se reuniam os deuses. A essa rocha davam-lhe o nome 'a mesa dos deuses', pois o formato da rocha assim o parecia."

O que acho interessante é chamarem-lhe "a mesa dos deuses'', onde pelos vistos, segundo o referido idoso, também se banqueteavam. Mas o termo "deuses" vem de onde e de quando? Talvez da passagem dos romanos por cá? E esta história, muito antiga, lá se foi transmitindo oralmente até aos dias de hoje entre os habitantes da Ermida do Marão. 

Lenda ouvida em 2005 por Luísa Rodrigues, de Tabuadelo, Fontes, Santa Marta de Penaguião 
Recolha de Monteiro deQueiroz, [22.02.2021]
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LENDA DA FUNDAÇÃO DE PENAGUIÃO E DA IGREJA DE SÃO MIGUEL

Foto: (c) André Barragon | Flickr

Nos “Livros da Família Guedes, Lamego, 1547-1783” [1], família relacionada com o Morgado de Santa Comba, São Miguel de Lobrigos, sediado na Quinta do Menino D’Oiro, ou Quinta do Lamego, instituído em “1462 por Gonçalo Vaz Guedes, em nome de seu filho Gonçalo Vaz, o Moço”, encontra-se um “Treslado do Pergaminho Velho que se fez authentico, com os registos Del Rey D. Afonso 3° que estão na Torre do Tombo a folhas 101, 102, e 105 do dito Rey”, onde se conta a história, ou lenda, da Fundação de Penaguião e da Igreja de São Miguel.

Fundaçon de Penagion e Igreja de S. Miguel

Como o Abbade de Sam Migel de Borba de Godim esquivasse um dia peitar colheita, e albergagem com boa cor, e franqueza, a Dom Gomes Mem Gedeom, por trager muita gente em saa companha, dixolhe que os Abbades nom guizarão Caldeira para as hostes, ne ele fora nunca contente de tal uzança. Ouvindo esto Dom Gomes, e os que ivam com ele creceulhe arebentina, e nom le catarão as Ordens, athá que alvorizou por seu malgrado, rezando a maldicon de Abiron. Entonces D. Gomes, que hera mui sanhudo, fijo hi rivar em terra aquela Igreja qua era fundaçon de saa avoenga, e el tomado de colera, mas tanto que este fijo se afrigio em seu Coraçon de mal feitoria, e se virou a Deus pelo perdon, mandou casar ao Mosteiro do Sobrado ao Padre que nello era mais sabido que se dizia Gil Affonso, o de seu concelho escreveo do padre Santo de Roma pregandolhe que le mandaçe absolviçom para el e para todos daquel peccado, cá era rico homem, e nom podeia leixar a suas terras, que avea com a sua fadiga populadas, nem andar com todo seu pendon cavalla a Roma. Aprouge ao Padre Santo a tal razom, e mandoula, com condiçon que figuesse outra lgreja maior, e mais coragioza ao mesmo Santo Arcanjo, naquel, ou altro melho paradeiro, que travasse na saa terra, e le doasse mais arvores e erdamentos que acolantre avea de primeiro, e que nom se aleixasse da qual logo alli que todo fosse mui comprido, e que quando se finace fosse soterrado dentro della como le pregava, mas non na principal Capela ao pé do Altar, que hi queria que jouvessem ous Abbades da Igreja, e nom outra ossada salvo de Bispo ou Abbade, mas nom del, ne dos padrons que apos de Venecem aser da questa lgreja, para que se acordassem para senpre de honrar a Crogezia, e que por esto nom les quitava os demais proes, ne fagerem hi ontra capella com altar, donde seus corpos jouvessem, se declarava que mancando semel no postrimeiro padron, nom era contente que ouvesse nella outro padron que o Bispo. O que todo nesta guiza le mandava em pena do seu peccado, e soto sua bençon. Do que todo Dom Gomes foi muito ledo, e em quanto fijo per esto mandamento a tal Igreja no logo em que hora jaz fixou cabel o seu padron, e nom ouzou de lidear, pousava na saa Quinta onde nenhum dos seus o leixou, cá era dellos mui quarta, e huira hi tanta vivenda de gente que populou a queste logo na guiza, que sabedes da grande Villa, e por esta cajom deste tempo em cá ouve por nome = Penna Guedeom = E por que o Bispo Dom Martinho Pirez na vezitaçom que ha pouco fijo por aqui trovou todo esto ser passado na guiza sopra decrarada pregou o Juiz João Affonço, que feita inqueriçom de bons homes, e testemunhas que soubessem desto mandasse fazer de todo instrumento, por que a mingea del nom perdesse o juz que tinha para a lgreja de Sam Miguel mancando nella semel do postrimeiro padrom. E el o mandou fager a mim Tabalion, e eu o figi e firmei aqui com o men nome em trez de Abril de MCCXXIX. + Pedro Folche I.º Aº. Juiz.

Quinta do Menino D'oiro | Quinta do Lamego, Santa Comba, São Miguel de Lobrigos
Foto: (c) www.cm-smpenaguiao.pt
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[1] "Livros da Família Guedes, Lamego, 1547-1783". Estes livros encontram-se no Arquivo Distrital de Viseu num Fundo de Família. A Srª D. Maria Teresa de Aragão Vasconcelos Osório, de Lamego, vendeu ao ADV – Arquivo Distrital de Viseu dois livros. O primeiro é composto por documentos que se prendem com a história nobiliárquica da família. O outro, é cópia integral de todos os documentos constantes do primeiro livro, autenticado pelo escrivão da provedoria.
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in “Os Morgados de Santa Comba, em S. Miguel de Lobrigos, Penaguião, Ensaio Genealógico”, por Vítor Manuel Pacheco Guedes, Porto, 2015, in Cadernos Barão de Arede, nº 6, Revista do Centro de Estudos de Genealogia e Heráldica Barão de Arêde Coelho, Outubro – Dezembro 2015, pág. 73, 81 a 82. Em Revista do Centro de Estudos de Genealogia e Heráldica Barão de Arêde Coelho (arede.eu), http://www.arede.eu/img/CADERNOS_BARAO_DE_AREDE_6.pdf.

Recolhido por Monteiro deQueiroz, [r.08.02.2021]
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RESGATE DA IMAGEM DE N.ª SENHORA DAS CANDEIAS


Canelas do Douro


Outra das histórias que a população de Canelas conta com mais emoção aos mais novos é a do Resgate da Imagem de Nª Senhora das Candeias. 

Conta-se que, quando havia uma procissão em Poiares (terra vizinha), era habitual cada uma das povoações, que pertencia a essa paróquia, levar os seus padroeiros para o cortejo. Por norma, os santos padroeiros entravam de costas na Igreja Matriz, mas, certa vez, os habitantes de Poiares entraram com a padroeira de Canelas (Nª Senhora das Candeias) de frente, para que esta ficasse a pertencer à Igreja de Poiares e, de lá, não a quiseram deixar sair.

O Povo de Canelas não aceitou este abuso e revoltou-se, tendo sido a chefia do resgate entregue aos "Penetras" que, juntamente com o povo, dirigiram-se até à localidade de Poiares, armados com cobertores, armas, paus e cavalos, para poderem recuperar a sua padroeira.

Enquanto os povos de Canelas e de Poiares lutavam entre si, os "Penetras" entraram com um cavalo na Igreja e foram buscar a Nª Senhora das Candeias, a qual, embrulhada nos cobertores, regressou a Canelas.

A partir desta data, a imagem da padroeira desta freguesia não voltou a sair de Canelas para participar em tais cortejos.

Fonte: EB1 de Canelas.
in Contos e Lendas. (comunidades.net), http://canelasdodouro.comunidades.net/contos-e-lendas
Foto: Santuários Marianos de Portugal | Facebook, https://www.facebook.com/santuariosmarianos/
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NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS [III]


Milagre sobre a Raiva
Canelas do Douro

Há histórias e lendas que, ao longo dos tempos, foram transmitidas de pais para filhos. Em Canelas a lenda mais conhecida é a do Milagre sobre a Raiva. 

Lenda do Milagre sobre a Raiva - Conta a lenda que, há muitos anos, mais especificamente em 1764, o Sr. Lourenço Teixeira Pinto Lacerda, membro da alta sociedade, foi mordido por um cão raivoso, quando andava a passear pelas suas quintas.

De início, o Sr. Lourenço não prestou muita antenção ao sucedido mas, com o passar do tempo, começou a sentir-se doente, desconhecendo qual a razão de tão altas febres. Alguns dias volvidos, o fidalgo, ao passar pelo rio Corgo, viu reflectida na água a figura de um cão, o que era um sinal certo de que estava com raiva.

Muito aflito, quando os médicos já não lhe davam muito tempo de vida, virou-se para Nossa Senhora das Candeias e implorou que lhe concedesse o milagre do o salvar daquela enfermidade. Em troca, o Sr. Lourenço comprometeu-se a fazer uma festa em sua honra, até à quinta geração, onde, a cada família, seriam oferecidos um pão bento e uma vela. Nª Senhora das Candeias concedeu-lhe essa graça e o fidalgo, juntamente com a sua família, honraram a promessa feita.

Assim que a família Lacerda, na quinta geração, acabou de cumprir a promessa, o povo de Canelas encarregou-se desta festa, que se realiza no dia 2 de Fevereiro. 

Hoje, esta festa tem características muito específicas. É realizada por meninas donzelas (com idades compreendidas entre o 4 e os 8 anos) que são as mordomas. Durante o ano a família da menina (mordoma) sai pelas ruas da aldeia e, de casa em casa, vai pedir aos habitantes que contribuam com o que quiserem (dinheiro, azeite, ...). O azeite é, depois, vendido, revertendo os lucros dessa venda para a festa. Cada família recebe uma imagem de Nª Senhora das Candeias.

Na véspera do dia 2, pelas 12 horas, ocorre a benção dos cestos do pão, em forma de pássaros e pinhas. Depois da missa os pães bentos são distribuídos às famílias da aldeia. 

No dia da festa uma banda de música percorre o povoado e vai buscar a mordoma, acompanhando-a à Igreja de Nª Senhora das Candeias. 

Durante a Eucaristia é feita a procissão de velas, sendo as velas benzidas para, posteriormente, serem entregues em cada casa. No final da missa, procede-se à nomeação da mordoma para a festa do ano seguinte. 

Relativamente ao pão que é entregue a cada família, no momento em que é ingerido, deve rezar-se uma Avé-Maria à Virgem das Candeias, para que esta ilumine e guie durante mais um ano. 

A vela é utilizada, em dias de fortes trovoadas, pelas pessoas da aldeia, que as acendem perto de uma janela, com o intuito de afastar as trovoadas. 

Fonte: EB1 de Canelas.
in Contos e Lendas. (comunidades.net), http://canelasdodouro.comunidades.net/contos-e-lendas
Foto: Santuários Marianos de Portugal | Facebook, https://www.facebook.com/santuariosmarianos/ 
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NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS [II]


Milagre sobre a Raiva
Canelas do Douro

Diz a lenda que há muitos anos, na data de 1764 o senhor Lourenço Teixeira Pinto de Lacerda, da alta sociedade, foi mordido por um cão raivoso enquanto andava a passear pelas suas quintas.

No inicio não deu muita importância, mas depois, com o tempo, começou a ficar muito doente, não sabendo a razão de tamanha febre. Este fidalgo, dias depois ao passar pelo rio Corgo, viu na água a figura de um cão, e este era o sinal certo de raiva. A raiva era então conhecida como uma doença viral fatal, em geral transmissível ao homem pela mordedura dum mamífero infetado, a vacina só apareceria no ano de 1885, com Louis Pasteur. Muito aflito e como já nenhum médico lhe dava muito tempo de vida, virou-se para a Fé em Nossa Senhora das Candeias e pediu-lhe que, se lhe concedesse o milagre de o salvar daquela enfermidade, ele fazia uma festa em sua honra até à sua 5a geração, onde daria um pão bento e uma vela a cada família.

Nossa Senhora das Candeias concedeu-lhe essa graça e ele juntamente com a sua família honraram a sua promessa. Assim que terminou esta honra pela parte da família Lacerda, este ato tornou-se tradição e o povo tomou conta desta, onde todos os anos no dia 02 de fevereiro se realiza esta festa em honra de Nossa Senhora das Candeias. 

Nesta aldeia a festa tem características muito próprias. Atualmente a mordoma é uma menina escolhida com a idade compreendida sensivelmente entre os 4 e 12 anos, e durante o ano a sua família sai pela aldeia a pedir ajuda a cada casa, para que contribuam com o que quiserem, seja em dinheiro ou azeite, que, depois de vendido, reverte para a festa, nestas visitas é entregue a cada família uma imagem de Nossa Senhora das Candeias. 

Na véspera do dia 2, logo pela manhã, há a bênção dos cestos de pão que têm formas de pássaros e pinhas, os quais, depois de benzidos são entregues às famílias da aldeia e das aldeias vizinhas, casa a casa. 

No próprio dia da festa, uma banda de música percorre a preceito toda a Freguesia, e de seguida vai buscar a mordoma e acompanha-a à igreja de Nossa Senhora das Candeias, numa alegria contagiante. 

Durante a missa é realizada uma procissão das velas, estas são benzidas para depois serem entregues em cada casa. 

No final da Eucaristia é nomeada com todo o secretismo e suspense até ao momento, a mordoma para o ano seguinte, sendo assim, todos os anos desde meados do século XIX. 

Uma crença popular está relacionada com o estado do tempo: “se a Nossa Senhora das Candeias estiver a rir, está o Inverno para vir, se estiver a chorar, está o Inverno a passar”. Ou seja, se o tempo estiver de sol no Dia da Senhora das Candeias, o inverno está a chegar, mas se chover nesse dia, o inverno está a acabar. 

De tarde, a banda toca animada no largo principal da Freguesia e toda gente dança de forma afincada as músicas “ribaldeiras” próprias para dar um pé de dança, onde também os músicos, apesar do frio, tocam avidamente levando a um ambiente de festa genuíno. Todos os pares concorrem ao peixe de bacalhau, bastante abonado e ao garrafão do precioso néctar do Douro, recompensa outrora atribuída pelos senhores abastados, agora substituídos pela Junta de Freguesia. 

O pão entregue, quando comido, deve rezar-se uma Ave Maria à Virgem da Senhora das Candeias, também chamada Senhora da Luz, para que esta nos ilumine e nos guie durante mais um ano, muitas famílias também dão o pão aos animais para que sejam também eles abençoados. 

A vela é especialmente utilizada quando ocorrem fortes trovoadas, as pessoas da aldeia costumam acende-las nas janelas das suas casas em busca de bonança e protecção. 

in Freguesia de Canelas, Peso da Régua, celebra Senhora das Candeias, http://www.public.vivadouro.org/informacao/cultura/%EF%BB%Bffreguesia-de-canelas-peso-da-regua-celebra-senhora-das-candeias/, [p.01.02.2019]
Foto: Santuários Marianos de Portugal | Facebook, https://www.facebook.com/santuariosmarianos/
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NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS [I]


Milagre sobre a Raiva
Canelas do Douro

Canelas do Douro é uma terra muito antiga, do tempo dos romanos ou até anterior. Foi sede de concelho de 1360 até 1885, mas agora está integrada na União de Freguesias de Poiares e Canelas, concelho de Peso da Régua, distrito e diocese de Vila Real. Viveram nesta terra alguns antepassados de Egas Moniz, o aio do nosso primeiro rei D. Afonso Henriques.

O culto a Nossa Senhora das Candeias, da Purificação, da Apresentação ou da Luz é o que resulta do episódio narrado pelo evangelista São Lucas (Lc 2, 22-40) no qual descreve Nossa Senhora e São José a apresentar o Deus Menino no templo de Jerusalém onde foram recebidos pelos profetas Simeão e Ana. Simeão pegou o Menino nos braços e disse-lhes que Jesus é a “luz para se revelar às nações”.

A Igreja católica celebra este acontecimento no dia 2 de fevereiro.

Há várias lendas sobre Nossa Senhora das Candeias de Canelas. A mais conhecida é a do milagre sobre a raiva em que se conta que um homem abastado foi mordido por um cão raivoso e já muito doente prometeu a Nossa Senhora fazer uma festa em que ofereceria pão e uma vela a toda a povoação. O homem ficou curado a ainda hoje há a tradição de na véspera do dia 2 de fevereiro benzerem o pão e as velas que serão oferecidos à população de Canelas do Douro. 

A romaria à Senhora das Candeias realiza-se nos dias 14 e 15 de agosto. Na procissão desta festa muitas pessoas e crianças vão trajadas representando figuras bíblicas. 

in Santuários Marianos de Portugal – Publicações | Facebook, https://www.facebook.com/santuariosmarianos/posts/2053148288298793, [p.12.05.2018]
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