Versão 1:
Lenda de Santa Marta
Um belo dia, um desconhecido cavaleiro de origem francesa que andava por terras de Panóias, o conde de Guillon, mandou incendiar uma capela branca erigida em honra a Santa Marta.
Depois de ter cometido tão grande sacrilégio, apareceu-lhe a Santa que o castigou, mandando-o plantar uma vinha com a obrigação de a granjear.
Cheio de remorsos e envergonhado nem quis ver a aparição e, curvado, tapou os olhos com as mãos. Ao descobri-los, o conde viu a seus pés um corvo, ave profética e sagrada de acordo com crenças antigas, símbolo do mau agoiro que pressente a morte com o seu grasnar.
Virando-se para a cultura da terra e plantação da vinha, o conde foi cumprindo a sua pena ao longo do ano. Na vindima, mais feliz e com a sua alma em paz, ofereceu à Santa em sinal de arrependimento as uvas que foram fruto do seu ano de trabalho.
Em vez de um corvo, que simboliza o mal, apareceram-lhe então pombas brancas e um cordeiro, símbolos da pureza e da reconciliação.
Estava perdoado.
E foi assim que o conde de Guillon se tornou no primeiro homem a granjear a vinha na região do Douro.
Segundo a tradição popular, desde então a localidade se passou a chamar Santa Marta de Pena Guillon.
Santa Marta de Penaguião não é mais do que a junção dos vocábulos Santa Marta (a santa), Pena (o castigo) e Guillon (o nome do cavaleiro francês).
_______________Por 'Eddo' (2011), em PENAGOYÃ – PORTAL (penagoyam.blogspot.com), https://penagoyam.blogspot.com/p/lenda-de-santa-marta.html, [2011]
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Versão 2:
Lenda de Santa Marta
Reza assim a lenda...
Num belo dia, o Conde de Guillon, de origem francesa, mandou incendiar a capela em honra de Santa Marta, padroeira da Região Demarcada do Douro.
Depois de ter cometido tão grande sacrilégio, apareceu-lhe a Santa que o castigou, mandando-o plantar e trabalhar a vinha. Cheio de remorsos e envergonhado, tapou a face com a mão direita. Aos seus pés apareceu um corvo que simboliza o Mal.
Virando-se para a cultura da terra e plantação da vinha, foi cumprindo ao longo do longo ano a sua pena. Na vindima, mais contente, como mostra já o seu rosto iluminado, oferece à Santa as uvas que foram fruto do seu trabalho. A sua alma está agora em paz.
O Mal, representado pelo desgraçado corvo, desaparece para dar lugar às pombas brancas e ao cordeiro que representam a paz e a pureza.
E foi assim que o Conde de Guillon foi o primeiro a granjear a vinha na Região Demarcada do Douro.
Esta lenda deu origem a um lugar chamado de Santa Marta de Penaguião, que não será mais do que a junção das palavras Santa Marta, a Santa; pena, o castigo; e Guião, o mesmo que Guillon em francês.
_______________in http://www.cavessantamarta.pt/pagina.asp?ID=37, [r.27.12.2020]
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Versão 3:
Lenda de Santa Marta (de Penaguião)
Certo cavaleiro francês, um tal Conde de Guillon que andou por terras de Panóias, mandou queimar a capela de Santa Marta.
Consumado o acto sacrílego, a Santa apareceu-lhe ditando o castigo: que plantasse uma vinha, e cuidasse dela.
Arrependido e humilhado, nem quis ver a aparição e, curvado, tapou os olhos com as mãos, mas ao descobri-los, tinha a seus pés um corvo, ave profética e sagrada.
O contrito conde cumpriu a dura penitência, e ficou cheio de alegria na hora da vindima, porque nunca tinha produzido nada na vida.
Lembrou-se então de oferecer à Santa as uvas, fruto do seu suor, e em vez de um corvo, apareceram-lhe pombas brancas e um cordeiro, símbolos da pureza e da reconciliação.
Estava perdoado.
E dizem que, desde então, a localidade adoptou o nome: Santa Marta de Pena Guillon.
Que, segundo a tradução (e tradição) popular significa "Santa Marta de Pena (castigo) Guillon (Guião)".
_______________in http://sigillum-militum-christi2.blogspot.com/2010/09/lenda-de-santa-marta-de-penaguiao.html
Publicada pir Sigillum [https://www.blogger.com/profile/07429524778741453979], em 9/17/2010 [r.28.dez.2020]
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Versão 4:
Santa Marta – Lenda
Lendas são lendas. Umas vezes com algum fundamento histórico, outras vezes nem por isso. Normalmente tentam encontrar uma explicação para a origem ou significado de certos topónimos, localidades, ou mesmo acontecimentos. Mais ou menos ingénuas, simples ou complexas, todas são graciosamente populares. No caso de Santa Marta de Penaguião, a mais conhecida e celebrada, assumiu mesmo lugar de destaque no vitral que Lino António pintou em 1945 para figurar na escadaria nobre da sede da Casa do Douro, em Peso da Régua, situando-se a sua representação iconográfica no lado esquerdo do painel central. Contemo-la, pois:
Certo e desconhecido cavaleiro francês, um tal Conde de Guillon, tendo invadido estas terras, mandou queimar a capela de Santa Marta. Consumado o ato sacrílego, a Santa apareceu-lhe ditando o castigo: que plantasse uma vinha, e cuidasse dela. Arrependido e humilhado, nem quis ver a aparição e, curvado, tapou os olhos com as mãos, mas ao descobri-los, tinha a seus pés um corvo, ave profética e sagrada, de acordo com crenças antigas, símbolo do mau agoiro que pressente a morte com o seu grasnar. O contrito conde cumpriu a dura penitência, e ficou cheio de alegria na hora da vindima, porque nunca tinha produzido nada na vida. Lembrou-se então de oferecer à Santa as uvas, fruto do seu suor, e em vez de um corvo, apareceram-lhe pombas brancas e um cordeiro, símbolos da pureza e da reconciliação. Estava perdoado. E, desde então, a localidade começou a ter um nome: Santa Marta de Pena (castigo) de Guillon. Que, segundo a tradução (e tradição) popular, veio a dar “Santa Marta de Penaguião”.(…)
Texto gentilmente cedido por Dr. Artur Vaz
_______________in https://www.cm-smpenaguiao.pt/santa-marta/, [r.28.dez.2020]
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Versão 5:
Lenda de Santa Marta de Penaguião
Há muitos muitos anos, viveu nesta região um conde francês chamado Guion. Um dia, este conde mandou incendiar a capela de Stª Marta.
Logo lhe apareceu a Santa que, para o castigar, lhe impôs uma pena: trabalhar a terra.
O conde não aceitou muito bem este castigo mas teve de o cumprir. À medida que o tempo foi passando ele começou a gostar do seu trabalho e quando chegou à vindima ofereceu a Stª. Marta o fruto do seu trabalho: as uvas. Então, aquela localidade passou a chamar-se Stª. Marta de Penaguião (pena + guion).
Esta lenda está representada no vitral central da Casa do Douro da esquerda para a direita. O corvo, símbolo do mal, que acompanha sempre o conde dá lugar a pombas e a um cordeiro, símbolos da paz e da fertilidade, quando o conde ofereceu o fruto do seu trabalho à Santa.
Alunos do 4º ano da turma C
_______________in http://eb1favaios.blogspot.com/2009/05/lenda-de-santa-marta-de-penaguiao.html 11.mai.2009, [r.28.dez.2020]
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Versão 6:
Lenda de Santa Marta de Penaguião
in https://santamartadepenaguiao.wordpress.com/2011/03/29/hello-world/, [r.28.dez.2020]
Lenda de Santa Marta de Penaguião
“Certo e desconhecido cavaleiro francês, um tal Conde de Guillon que andou por estas terras, mandou queimar a capela de Santa Marta. Consumado o acto sacrílego, a Santa apareceu-lhe ditando o castigo: que plantasse uma vinha, e cuidasse dela. Arrependido e humilhado, nem quis ver a aparição e, curvado, tapou os olhos com as mãos, mas ao descobri-los, tinha a seus pés um corvo, ave profética e sagrada, de acordo com crenças antigas, símbolo do mau agoiro que pressente a morte com o seu grasnar.
O contrito conde cumpriu a dura penitência, e ficou cheio de alegria na hora da vindima, porque nunca tinha produzido nada na vida. Lembrou-se então de oferecer à Santa as uvas, fruto do seu suor, e em vez de um corvo, apareceram-lhe pombas brancas e um cordeiro, símbolos da pureza e da reconciliação. Estava perdoado. E, desde então, a localidade começou a ter o nome: Santa Marta de Pena Guillon. Que, segundo a tradução popular quer dizer “Santa Marta de Pena (castigo) Guillon” (traduzido para Guião).
Mas o nome Marta tem ainda outra explicação e proveniência
Marta, irmã de Maria Madalena e Lázaro, todos conhecidas personagens bíblicas, é o símbolo do trabalho e, talvez por isso, a protectora escolhida da Região Vinhateira do Douro. O seu dia litúrgico celebra-se a 29 de Julho, e na representação iconográfica aparece-nos como diligente dona de casa (também é padroeira das donas de casa) e com os seguintes atributos: uma vassoura, uma concha de sopa, ou um molho de chaves na mão.
Santa Marta tornou-se hagiotopónimo (ou topónimo com o nome da Santa) ligado a uma devoção muito antiga (pré-nacional), e divulgada na Idade Média (ou Cristã). Já antes da Nacionalidade o culto era dos mais antigos na Península, sobretudo no norte que viria a ser de Portugal.
Protectora (como se disse) da Região Demarcada do Douro, o papel de ofício utilizado pelo provedor e deputados da Junta da Administração da Companhia-Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro (criada por Pombal, e instituída por alvará régio de 10 de Setembro de 1756) utilizava o Selo ou, como se diria hoje, o Logotipo da Instituição com a efígie da Santa e no fundo uma videira com a seguinte inscrição latina: “Providentia Regitur”, que quer dizer: a Divina Providência governa (ou rege) tudo.
Santa Marta encontra-se reproduzida em belo vitral no edifício da Casa do Douro, no Peso da Régua, pela mão do Pintor Lino António. Este foi acabado em 1945 e sintetiza toda a dinâmica e beleza desta região, tem uma área aproximada de 50 m² formando um tríptico. No painel do centro podemos ver três grandes figuras.
A figura do centro representa a Casa do Douro, e mostra um pergaminho onde se lê “…Casa do Douro, decreto 21 883, Novembro de 1932”. Quer isto dizer, que o governo, através do referido decreto-lei, cria a Federação Sindical dos Viticultores da Região do Douro, em Novembro de 1932, hoje Casa do Douro.
A figura da esquerda representa a agricultura tendo aos seus pés uma enxada de ganchos. E a figura da direita simboliza o comércio e tem na mão um caduceu. As figuras de mãos dadas simbolizam o pacto de honra e cavalheiros, entre a produção e o comércio do Vinho do Douro.
Na parte superior esquerda, está a capela devota de Santa Marta, padroeira do Douro.
Na parte superior, ao centro do painel, estão as cinco quinas de Portugal e o símbolo da Casa do Douro. Da esquerda para a direita, é-nos dado observar várias datas que foram importantes para a história do Douro.
O painel da esquerda, dedicado à agricultura, mostra, através das figuras e paisagens características da região Duriense, a faina típica da vindima, o transporte e a pisa.
O painel da direita, dedicado ao comércio, mostra a cidade do Porto, donde provém o nome por que é conhecido o vinho generoso do Douro, e os meios de transporte usados na época.
E Penaguião terá adaptado o seu nome, “Santa Marta de Penaguião”, erigindo-lhe uma capela que deu nome ao lugar.
Santa Marta, Vila da freguesia (sede) de Lobrigos, tem outro padroeiro: S. Miguel-o-Anjo, mas Marta ficou sempre na boca (e no coração) do povo crente e diligente de Penaguião”.
_______________in https://santamartadepenaguiao.wordpress.com/2011/03/29/hello-world/, [r.28.dez.2020]
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Imagem da Net 1 - Foto de Vitor Neves - Excerto do vitral, painel central, existente no edifício da Casa do Douro, Peso da Régua, do Pintor Lino António, onde se encontra relatada a lenda. Vitral de 1945
Imagem da Net 2 - Excerto do vitral, parte esquerda do painel central, existente no edifício da Casa do Douro, Peso da Régua, do Pintor Lino António, onde se encontra relatada a lenda. Vitral de 1945
Imagem da Net 3 - Excerto do vitral, parte direita do painel central, existente no edifício da Casa do Douro, Peso da Régua, do Pintor Lino António, onde se encontra relatada a lenda. Vitral de 1945
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Nota Imagem 1
LENDA DE SANTA MARTA
Painel central do vitral existente na Casa do Douro, Peso da Régua.
Nota Imagem 2
Parte do vitral, lado esquerdo do painel central, onde estão representados
a Capela a arder, Santa Marta, o Conde de Guião e o corvo.
Nota Imagem 3
Parte do vitral, lado direito do painel central, onde estão representados
o Conde de Guião a oferecer as uvas à Santa, o Cordeiro e as 3 pombas.
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LENDAS DE TERRAS DE PENAGUIÃO
[de subtus monte Pena Guian]
COLECTÂNIA - RECOLHA
Textos, Estudos, Recolhas & Contributos…
Colectânea de Textos & Outros…
“Se não defendermos o que é nosso, quem é que o defende?”
2020 - 2021
PENAGUIÃO
Eduardo José Monteiro deQueiroz
by Douro Sensibility | LUAgares D'Ouro
Associação Penaguião em Movimento